Couverture de Alhos e Bugalhos

Alhos e Bugalhos

Alhos e Bugalhos

De : NT Benelux
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À propos de cette écoute

Um podcast em que convidamos os portugueses na diáspora a falarem sobre as suas experiências e os seus países de acolhimento. Inevitavelmente comparando-os com Portugal, mas sempre com o objectivo de contribuir para que tenhamos um país melhor. Este é o podcast Alhos e Bugalhos, uma iniciativa da … Iniciativa Liberal no Benelux.NT Benelux Politique et gouvernement Sciences politiques
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    Épisodes
    • Paulo Ventura - Da Alemanha para Leiria
      Mar 23 2025

      Neste episódio, eu e o José Travassos conversamos com o Paulo Ventura, um consultor e gestor de empresas que vive em Leiria. Licenciado em economia pela Universidade de Coimbra, e com uma pós-graduação em Finanças e Controlo Empresariais pelo ISCTE em Lisboa. Actualmente o Paulo desempenha funções de desenvolvimento de negócio e de gestão em empresas que operam na área ambiental. O Paulo Ventura é também conselheiro nacional da IL, eleito nas últimas eleições internas, e ainda o candidato da IL nas próximas eleições autárquicas à Câmara de Leiria.

      Em 2012, o Paulo teve, nas palavras do próprio, “a oportunidade de se pôr à prova” indo para a Alemanha montar uma empresa em conjunto com outro sócio, também português. A experiência permitiu-lhe comparar a realidade portuguesa com a alemã, chegando à conclusão de que não existem países bons ou maus. Pelo contrário, cada país tem os seus pontos positivos e negativos, e o que importa é trabalhar, partindo do que temos, para que consigamos reduzir os aspectos negativos.

      Durante a conversa, abordámos alguns destes pontos, como por exemplo a liberdade de escolha na saúde, o funcionamento dos serviços públicos e também o sistema de ensino. Em todos, o Paulo deu exemplos de coisas que funcionam melhor na Alemanha do que em Portugal, e vice-versa. O que reforça a ideia de que Portugal não é um caso perdido.

      Regressou a Portugal em 2019, por várias razões. Por um lado porque já tinha partido para a Alemanha com a ideia do regresso, e por outro surgiu a oportunidade de vender a empresa. E também ajudou à decisão que o Paulo, que é pai de dois filhos já nascidos na Alemanha, os queria acompanhar e ajudar ao longo do seu percurso escolar.

      A parte final da conversa centrou-se no que o motivou a entrar na vida política activa, e em particular a aceitar o desafio de ser candidato à presidência da Câmara de Leiria. Uma cidade que, apesar dos rumores que circulam na internet, existe mesmo. A região oeste, da qual Leiria faz parte, é mal servida por transportes públicos e não tem tido a capacidade de atrair grandes empresas, que contribuam com oportunidades de trabalho na região. Se é correcto que os municípios não podem tudo fazer, também é certo que são um importante fulcro para alavancar as vantagens da região. A começar pela mobilidade, que vai ser fortemente impactada com a futura paragem do TGV em Leiria.

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      59 min
    • Paulo Costa - Também Somos Portugueses
      Feb 2 2025

      Neste episódio, eu e o Carla Rei conversamos com o Paulo Costa, um engenheiro formado em telecomunicações e informática. O Paulo tem uma longa carreira, que começou como investigador no Laboratório de Nacional de Engenharia Industrial e continuou no desenvolvimento de software em vários domínios, desde a administração pública, passando pela banca e os serviços web da Amazon. Actualmente é o presidente da associação Também Somos Portugueses, um grupo que promove a cidadania activa de todos os portugueses, com especial destaque para os que vivem no estrangeiro.

      A Também Somos Portugueses (ou TSP) foi criada em 2015, por portugueses residentes em Londres que tentavam convencer os seus compatriotas a participarem nas eleições portuguesas e também nas eleições locais inglesas. Foi graças ao empenho desta associação, que em 2018 foi feito recenseamento automático de todos os emigrantes, facilitando o processo de votação. O resultado, o número de votos na diáspora aumentou quase dez vezes, de 30 mil para 270 mil.

      A nossa conversa rodou em torno de essencialmente, três tópicos. O trabalho da TSP e a interação com a administração pública portuguesa, a facilitação do processo de votação aos emigrantes e, claro, a emigração. Na qualidade de presidente da TSP, o Paulo interage frequentemente com a administração pública, aconselhando e oferecendo sugestões para melhoria dos processos. Embora o funcionalismo público tenha alguma má fama em Portugal, o Paulo elogia o trabalho feito por algumas entidades como a Comissão Nacional de Eleições e a Agência para a Modernização Administrativa. E realça alguns dos problemas que enfrentam, como sejam o envelhecimento dos funcionários, a falta de conhecimento especializado, os incentivos errados e as limitações orçamentais. Tudo somado, estes problemas estão na origem de muitas das ineficiências que vemos na administração pública.

      A TSP propõe que o voto electrónico, não presencial, seja pelo menos testado nos círculos da emigração. Embora eu não seja a favor desta modalidade, o Paulo contrapõe com alguns bons argumentos. Nomeadamente que facilitar o processo de votação também é aproximar os portugueses, e os seus descendentes, de Portugal. E dá o exemplo da França, onde meio milhão de franceses votam remotamente sem qualquer prejuízo para a legitimidade das eleições.

      E finalmente, no que respeita à emigração, o Paulo contrasta a mudança de hábitos na emigração portuguesa. Actualmente é mais jovem, mais móvel e não tão presa a um determinado país ou região. A interação online também mudou radicalmente, com o abandono de plataformas abrangentes como o Facebook e a mudança para grupos de discussão fechados, como por exemplo o WhatsApp. Estas mudanças tornam difícil a formação de associações cívicas em torno das quais os emigrantes se possam reunir e discutir os seus problemas. E complica também o contacto das embaixadas com os emigrantes, sendo que o Paulo critica a inércia do Ministério dos Negócios Estrangeiros em se adaptar a esta nova realidade.

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      1 h et 30 min
    • João Gaspar - Analista de mercados em Londres
      Nov 24 2024

      Neste episódio, eu e o José Travassos conversamos com o João Gaspar, que de formação é engenheiro químico mas que trabalha como analista do mercado em Londres, na empresa Argus Media. É o responsável pelo relatório semanal que a empresa publica sobre o mercado da soda cáustica, e seus derivados, aqui na Europa. Anteriormente ocupou posições semelhantes na IHS Markit e na Dow Jones.

      Esta foi uma conversa leve e bastante eclética. Começamos por falar sobre o mercado da soda cáustica, e a vantagem de haver entidades externas que tentam prever o preço de comodities. Daqui continuámos para as razões que levaram o João a emigrar, e que por enquanto o mantêm em Londres. Infelizmente, Portugal tem para oferecer aos seus jovens licenciados uma má combinação: baixos salários, cargas elevadas de trabalho e poucas ou nenhumas perspectivas de progressão na carreira. Não estranha assim que tantos recém-licenciados escolham tentar a sua sorte fora do país.

      O Brexit e a má fama da culinária inglesa foram os tópicos seguintes, que serviram de entrada para as instituições inglesas e a sua resiliência ao longo de já vários séculos. E por contraste, a dificuldade que o Portugal democrático tem tido em criar instituições independentes dos governos, que defendam o interesse público.

      Naturalmente a conversa evoluiu para a falta de incentivos para que Portugal tenha políticos de qualidade. Para esta situação contribui a aversão ao risco dos portugueses, que conduz a que as mudanças sejam quase sempre impostas de fora, e acompanhadas por drama e sofrimento. E terminámos com a dificuldade que muitas vezes, nós emigrantes, sentimos ao explicar aos nossos amigos e familiares em Portugal de que é possível fazer melhor.

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      1 h et 6 min

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