Couverture de Desculpa o Transtorno

Desculpa o Transtorno

Desculpa o Transtorno

De : Tati Bernardi e Christian Dunker
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À propos de cette écoute

O programa "Desculpa o Transtorno" é um podcast com Chris Dunker e Tati Bernardi. Nele, os dois leem e-mails com pequenas e divertidas neuroses e fazem comentários. Mande seu e-mail para dotranstorno@gmail.comTati Bernardi e Christian Dunker Relations Sciences sociales
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    Épisodes
    • No culto, imaginei o pastor pelado. Foi aí que tudo começou - Desculpa o Transtorno #04 com Chris Dunker
      Jul 28 2025

      Desculpa o Transtorno é um exercício em que a escritora Tati Bernardi e o psicanalista Christian Dunker encenam uma situação de supervisão lendo relatos anônimos.

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      Trecho inicial da carta:

      A primeira vez aconteceu na janela da casa da minha avó. Naquela época, talvez com 14 ou 15 anos, estava participando de uma igreja evangélica para curar o meu desejo: eu, um homem, desejava outros homens. O pecado, a morte, o errado, a punição: tudo isso me perseguia. O período na igreja foi curto. Logo me dei conta, aquilo tudo não passava de uma mega encenação. Ou de uma breve encenação. Um dia, durante um culto, me peguei olhando demasiado para o pastor. Olhando para ele, fui pensando nele despido, pelado. Fui tirando cada uma de suas peças de roupa. Pensei no pau dele, formato, cores e rigidez. Nesse mesmo momento, me veio uma interrogação: O que estou fazendo aqui? Vivia esse momento quando tudo começou.

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      Produção
      Zamunda Studio

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      29 min
    • Falo demais e me arrependo: O drama do sincericídio | Desculpa o Transtorno #04 com Christian Dunker
      Jul 21 2025

      Desculpa o Transtorno é um exercício em que a escritora Tati Bernardi e o psicanalista Christian Dunker encenam uma situação de supervisão lendo relatos anônimos.

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      Carta:

      Olá, Tati e Dunker.

      Tenho 40 anos e sou casado, sem filhos. Me considero um homem sensível e inteligente. Tenho uma excelente relação com minha esposa. Fiz análise durante 1 ano, mas por problemas financeiros, tive que interromper o tratamento. Sinto que após a análise passei a falar muito abertamente sobre meus problemas, o que não seria problema algum, no entanto, percebo que não respeito muito o contexto, sempre superestimando a intimidade que tenho com as pessoas.

      Sempre fui uma pessoa muito passional, emotiva e impulsiva, mas sinto que no último ano passei a me afeiçoar muito rapidamente pelas pessoas, basicamente por qualquer um que me dê um pouco de atenção. De assuntos antes recalcados, agora falo sobre eles com uma facilidade que não respeita os ambientes.

      Por exemplo, sou capaz de falar sobre abusos sofridos na infância, compulsão sexual, agressividade, pensamentos dos mais vergonhosos, alguns explícitos, na fila do pão, para o caixa do supermercado, na fila do cinema, sempre que tenho a oportunidade. Sinto, no fundo, que estou clamando por atenção. Uma necessidade muito grande de compaixão, de mostrar minha inteligência, meu suposto bom humor, meu valor. Ao final das minhas conversas sempre sinto que deixei as pessoas boquiabertas com o excesso de informação, graças ao meu sincericídio.

      Sim, estão certos se pensam tratar-se de uma projeção da falta de carinho e atenção dos pais na infância. Meus pais perderam meu irmão para o câncer com 8 anos quando eu tinha apenas 4 anos, e sinto que durante o luto deles, fiquei um pouco escanteado.

      Essa questão de falar sobre assuntos bem pessoais para qualquer pessoa, principalmente os mais próximos, é recente. Antes era uma pessoa agressiva e impulsiva, simplesmente. Após a análise minha agressividade abaixou, até demais, parece ter se deslocado para a carência. Sempre fico com a sensação de que falei demais. Falo também dos outros, meio que metido a analista, às vezes.

      Por favor, me ajudem a pensar melhor sobre isso, não quero ser aquela pessoa super sincera, que não respeita o ambiente, o contexto, o momento e a própria intimidade com as pessoas. Como fui muito sincero com minha analista e sou com minha esposa, falo sobre tudo, acho que todos estão dispostos a me ouvir, me dar atenção e ter pena de mim. Ajude esse recém-sincerão dependente da opinião e empatia das pessoas.

      Assinado, o “sincerão dependente”

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      27 min
    • Eu, minha mãe e minha dor de barriga | Desculpa o Transtorno #03 com Chris Dunker
      Jul 14 2025

      Desculpa o Transtorno é um exercício em que a escritora Tati Bernardi e o psicanalista Christian Dunker encenam uma situação de supervisão lendo relatos anônimos.

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      Carta

      "Me chamo Suzanne, eu sei, mesmo o nome da doida que matou os pais, mas eu sou legal. Mas é justamente sobre meus pais que eu quero falar. Sobre minha mãe, na verdade. Tem uma conexão doida com a minha mãe. Porque é uma conexão feita pelo estômago e não tem nada a ver com receitas de família, comidas gostosas. Tem a ver com enjoos, dores e mal-estares em geral. Tudo no 'estômado'. Quando eu era criança sentia dor de barriga, enjoo, e ia pra cama da minha mãe. Ela cuidava de mim. Às vezes, uma madrugada inteira, coitada. Porque eu vivia com enjoo e dor de barriga. O mais doido é que minha mãe também vivia com enjoo e dor de barriga. E como morávamos somente eu e ela, ela me acordava muitas vezes, queria minha ajuda. E eu era criança. Uma vez ela passou tão mal, tava com cólica, acho. Ela foi vomitar e desmaiou em cima de mim. Daí, sabe o que eu fiz? Comecei a ver que eu ia desmaiar também. E tive que pedir ajuda pra ela. Mas era ela que tava desmaiada, entende? Depois, adolescente, eu às vezes estava numa festa e passava mal. Caía a minha pressão por causa do calor, me dava enjoo, ou a bebida me fazia mal. Alguma amiga dizia calma, eu te ajudo. Mas eu pegava um táxi correndo, uma carona, eu queria minha mãe. Adulta, ainda chamei minha mãe algumas vezes quando eu passava mal e caía a minha pressão. Uma vez mandei meu marido dormir em outro quarto e pedi que minha mãe viesse cuidar de mim. Porque eu estava péssima com alguma coisa que comi. Até que um dia eu comecei a preferir meu marido a ela. Foi diferente. Achei que eu tinha finalmente crescido, e que agora ela podia até morrer, que eu não morreria junto. Na minha gravidez isso mudou de novo, eu aprendi a passar mal sozinha, não queria nem ela e nem meu marido. Eu vomitei demais na gravidez e sempre sozinha, eu levava travesseiro, cobertor, tudo pro banheiro e cuidava de mim. Afinal eu seria mãe, então minha filha nasceu. E agora eu passo mal quando minha mãe chega. Muitas vezes ela vem aqui e me dá enjoo, mal estar… Porque dispara algo estranho em mim, e não é falta de amor por ela, eu a quero perto. Mas muitas vezes eu tenho esses enjoos perto dela, e perto da minha filha eu tô quase sempre me sentindo muito bem."

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      28 min
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