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Neste livro, o psicanalista Christian Dunker trata a Depressão como uma entidade em si, sujeita a documentos e arquivos que comprovam sua existência, que testemunham seus feitos e que elaboram suas razões de ser, e mostra que a Depressão é um nome demasiado pequeno para tantas formas e cores que ela reúne, e que, ao mesmo tempo, não andam juntas.

Breno Maldonado é um cafajeste com C maiúsculo. Conhecido por ser um caçador, o CEO da Eros Tech acaba se envolvendo em uma situação improvável: trocando provocações por e-mail com uma mulher que ele nunca viu na vida e que anda consumindo seus pensamentos, mas não é a única. Fora do mundo virtual, uma ruiva que é, ao mesmo tempo, tudo o que o atrai e nada do que ele está acostumado a perseguir. Ela o intriga desde o primeiro olhar e o faz refém de seu corpo desde a primeira noite que passam juntos.

Um cinturão e outros contos de Graciliano Ramos apresenta três histórias pessoais do autor, nas quais ele revisita sua infância e os desafios enfrentados no início do século XX. Em Um cinturão, Graciliano recorda como, pela primeira vez, entrou em contato com a "justiça" por meio das surras de cinturão dadas por seus pais. Já em O menino da mata e seu cão Piloto, ele recorda a infância no sertão, quando encontra um livro de capa amarelada que o faz descobrir os mistérios da escuta.

É possível se apaixonar duas vezes pela mesma pessoa? Quando Maria Rita foi embora, ela estava decidida a nunca mais voltar. Deixou para trás o marido, os pais, as irmãs e uma vida de pobreza em uma cidade pequena onde jamais viu futuro para a sua vida. Mas, doze anos depois, ela acaba voltando...

Em Não as matem, Lima Barreto levanta a questão do feminicídio, comentando notícias do início do século XX, como o caso de um rapaz de Deodoro, subúrbio do Rio de Janeiro, que tentou matar sua ex-noiva e se suicidou em seguida, e de outro homem que, no Carnaval, atirou sobre a ex-noiva, matando-a, e depois cometeu suicídio. A moça, com a bala na espinha, veio a morrer dias depois, entre intensos sofrimentos.

Dois retratos distintos da sociedade paulistana do início do século XX – assim são esses dois contos do genial Alcântara Machado, do livro "Brás, Bexiga e Barra Funda". No texto futebolístico, a centenária disputa entre os dois times é vista pelos olhos de uma moça, Miquelina. No segundo, o menino Gennarinho fica órfão na fazenda e vai para São Paulo, onde seu futuro é decidido.

Cortes bruscos nas narrativas indicam: está-se diante do Modernismo nesses contos de Alcântara Machado! Em "O ingênuo Dagoberto", o protagonista é vítima de uma trapaça e lida com a fúria da esposa. Já em "A apaixonada Elena", a jovem sofre com a indiferença da família, que prejudica seus planos. Ambos os textos vêm do livro "Laranja-da-China".

No conto "O mártir Jesus", o narrador retrata o desalento de Crispiniano diante da necessidade de atender aos diferentes anseios da família no Carnaval, num cenário que percorre várias ruas da São Paulo da década de 1920. Já em "O aventureiro Ulisses", a dicotomia campo/cidade, Sorocaba/São Paulo, é personificada no fugitivo Ulisses.

Em "A insigne Cornélia", o narrador recorta mais um dia sofrido na vida da protagonista, que enfrenta o marido estúpido, o filho ausente e a filha cadeirante, desconfiada de nova gravidez. No curto conto "O lírico Lamartine", Alcântara Machado trata com humor da ascensão da carreira do magistrado Lamartine, pretenso poeta, paralela ao aumento de peso de sua esposa.

Dois contos extraídos do livro "Laranja-da-China". Na melhor técnica do conto – um recorte de uma história em andamento, sem necessariamente começo, meio e fim – Alcântara Machado explora, em "O filósofo Platão", o ritmo de vida metódico do personagem Platão, enquanto em "O inteligente Cícero" o menino Cícero se vê às turras com São Nicolau em sucessivos natais.

Patton foi um dos personagens mais famosos e controversos da Segunda Guerra Mundial. General competente e carismático, ficou conhecido pelas suas falas pouco convencionais, como aquela da famosa cena de abertura do filme que leva seu nome. Originário de uma família rica e poderosa (sendo considerado o mais rico oficial do Exército dos eua na sua época), Patton era capaz de falar com a linguagem simples dos soldados. Seu poder de persuasão podia levar a tropa aos maiores sacrifícios, o que fazia dele um comandante amado e odiado ao mesmo tempo.

Um dia Dona Benta recebe pelo correio o clássico "Child’s history of the world", de V. M. Hillyer. Depois de folhear o livro, decide contar aos netos a história do mundo, que, segundo ela, daria um verdadeiro romance. Com a turma toda reunida, começa a narrar os fatos de um jeito fácil de entender e encantador, que fazia todo mundo querer mais. É assim que Monteiro Lobato apresenta aos pequenos "A História do mundo para crianças".

Durante um chuvoso mês de fevereiro, Dona Benta resolve ler para os netos e para a boneca Emília um livro chamado História das invenções do homem, o fazedor de milagres. Antes de começar, ela avisa: “Este livro não é para crianças, mas se eu o ler do meu modo vocês entenderão tudo.”

"O velho mercado" e "A polícia de costumes" reúnem duas crônicas marcantes de João do Rio. Em "O velho mercado", ele descreve a transição de um tradicional mercado popular do Rio de Janeiro, destacando o choque entre a tradição e as novas dinâmicas urbanas. Já em "A polícia de costumes", o autor denuncia os abusos policiais no centro da cidade, onde os guardas extorquiam quem passava pelas ruas. Com essas crônicas, João do Rio lança um olhar crítico sobre as tensões e contradições da sociedade carioca no início do século XX.

O audiolivro reúne agudas reflexões sobre a pandemia e as suas consequências sociais. Numa época de escassez de vida, a profusão do Luto e da desesperança marcou a vida de toda a humanidade. A narrativa de Jamil Chade soa como um eco sinalizando que não estamos sozinhos nessa crise. Nas palavras do prefaciador Padre Júlio Lancelotti: “Jamil Chade nos ajuda a não perder a coragem de lutar e sonhar, indignados, mas com esperança teimosa, que insiste em não desaparecer.

Para muita gente, ler um livro de psicanálise pode significar um processo árduo e penoso que exige bastante esforço, dedicação, tempo e investimento. Sem contar a demanda de conhecimento prévio que algumas obras pressupõem ao citar passagens de trezentos mil autores que jamais ouvimos falar na vida. O indivíduo de hoje mal consegue arranjar tempo para conciliar trabalho, descanso e estudos, quem dirá então ter acesso a essa rede de conhecimentos.

Integrante do livro "Prosas bárbaras", de Eça de Queirós, a fábula "O milhafre" traz a história de um homem que adentra uma casa singular, com uma estátua de um santo na entrada, que abriga andorinhas. Ele avança e encontra, numa sala escura, um crucifixo de madeira em estado lastimável. Decide limpá-lo, mas é detido por um grande milhafre, o qual faz um longo discurso sobre a condição da humanidade e sobre Jesus.

A crônica "Mefistófeles", constante do livro "Prosas bárbaras", de Eça de Queiroz, tem por objeto a análise da ópera "Fausto", de Charles Gounod, baseada na obra homônima de Goethe. Com o prenúncio de sua característica ironia, o autor sublinha os traços que aproximariam o diabo dos seres humanos.

Uma carta pública destinada ao médico e intelectual Carlos Mayer, que assume contornos literários e justifica sua presença no livro "Prosas bárbaras": eis o teor de "Uma carta". Em tom memorialista, Eça de Queiroz lembra ao amigo os tempos de sua passagem pela universidade de Coimbra, deixando ao leitor entrever o germe de sua genialidade literária.

O conto "O senhor Diabo" é oriundo do livro "Prosas Bárbaras", de Eça de Queiroz. De início, o narrador manifesta ao leitor sua dificuldade para escrever ou discorrer sobre literatura, com que entretém a nobreza austríaca, para em seguida questionar-lhe se conhecem o Diabo. E emenda que passará então a narrar "a grande aventura do Mal".