Descritivo do episódio 3 – Sentidos bem sentidos: sentir não é fraqueza

Renascer das cinzas não é tarefa que se faz com pressa. É preciso ter serenidade nesse momento de restauração da dignidade que não se perde quando a vida dói.

A dignidade mora exatamente no jeito como escolhemos olhar para nós mesmos no meio da dor.

Talvez você tenha ouvido que precisa ser forte. Mas quem disse que força é suportar tudo em silêncio? Quem disse que você tem de dar conta de tudo?

A restauração começa quando reconhecemos que algo em nós precisa de cuidado.

É possível estar triste e digno. É possível estar ferido e continuar sendo alguém inteiro.
Aprendi a respeitar os sentimentos, a respirar e a deixar ir. Aprendi que esse é o triângulo amoroso que devo oferecer para mim, só por hoje.
E a partir dessa estratagema, compreendi que devo amar o que eu tenho para me dar forças para conquistar o que ainda não tenho.
Na verdade, o que a vida exige é que ela seja refeita o tempo todo para se tornar plena.

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Texto e produção: Karina Okajima Fukumitsu

Edição: Ayrton Chagas Felisberto

Descritivo do episódio 2:
Restauração não é conserto: é reconstrução afetiva de saúde existencial

A reconstrução existencial é um processo de reaprender a confiar.

Confiar em si, no corpo, na vida.

Ela não tem pressa. Não tem modelo. Não tem referências.

Porque não se trata de voltar ao que se era.

Trata-se de habitar o que se é agora com muito mais gentileza.
Quando me dei chances para cuidar de mim, meu sofrimento deixou de ser buraco e virou solo. Solo fértil para outra vida possível. E é nesse solo que florescem os novos sentidos, sentidos bem sentidos. Agora respira e continua seu caminho, porque a restauração deve ser cuidadosa. É escuta. É presença. Não é milagre imediato.

É o processo delicado de voltar a se reconhecer sem se julgar.

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Texto e produção: Karina Okajima Fukumitsu

Edição: Ayrton Chagas Felisberto

Descritivo do episódio 1: O sofrimento não é o fim: a dignidade ferida
Não importa o que disseram. Sua existência continua valendo. E pode ser restaurada com tempo, com verdade e com amorosidade.
Quando a dignidade é ferida, o sofrimento tende a silenciar quem somos. O sofrimento, às vezes, nos engana e nos cega. Ele grita alto e diz que nada mais tem sentido. Ele encurta o futuro, apaga as cores e silencia nossos desejos. Mas, sofrer não significa que você esteja quebrado. Pelo contrário: sofrer mostra que você está vivo.

Talvez, juntos(as) a gente possa se dar uma chance de viver o que realmente significa ser tudo de bom para o coração que deve continuar a pulsar. Esse momento entre nós é uma escuta. Uma pausa. Uma presença. Porque o sofrimento é parte da vida e precisamos aprender a nos restaurar quando o sofrimento bater na porta do coração.
Meu sofrimento não me define. Minha existência tem dignidade.

Respira mais uma vez.

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Texto e produção: Karina Okajima Fukumitsu

Edição: Ayrton Chagas Felisberto